segunda-feira, 20 de abril de 2009

Tio, quero ser astronauta!

Ultimamente eu tenho pensado demais em várias coisas, uma delas era sobre o que eu iria fazer na faculdade. A pergunta mais típica que se passa na cabeça de um estudande (obviamente, não conto com "que horas a aula acaba?" ou "posso ir ao banheiro/beber água?"), o que fazer na faculdade, e seguir na sua vida. Seria mentira se eu dissesse (que palavra feia) que sempre foi minha vontade fazer as coisas que tenho em mente hoje em dia, mas nunca fui de falar pro 'papai' que quero ser advogado, médico ou astronauta.
Antigamente, eu queria ser escritor. Queria fazer letras e era isso aí, sempre fiquei com isso na cabeça e nunca saiu. Até que por meados de 2006/2007, reparei que para ser escritor, não era necessário fazer letras, poderia fazer outras faculdades e escrever o que eu quisesse, assim não sairia perdendo. Gostava de matemática, apesar de que sempre me dava mal, e olha que só peguei professores de matemática decentes na oitava série e nesse ano. Percebi então, que o que eu gostava na matemática não eram as contas ou coisas assim (mas não é isso matemática?), e sim quando ela servia pra ser útil para outras matérias. Foi daí que surgiu minha paixão ficcionada por física.
É estranho de explicar, como se fosse um ato reflexo, algo automático meu. Desde que comecei a aprender física, eu penso sistematicamente nesta. Com qualquer coisa, associo a alguma coisa. Como por exemplo, quando falam de carros rápidos e etc, eu já me interesso pela velocidade e peso. Quando falam de alguém caindo de algum lugar, penso em lançamento vertical, na gravidade e nas outras grandesas que compõe o sistema.
Claro que depois do que aconteceu, obtive uma grande tendência a fazer alguma faculdade relacionada a tal matéria. Como minha família (materna) é toda constituída por arquitetos e engenheiros, não foi difícil de pensar tanto em qual curso eu gostaria de seguir. Pensei bastante sobre engenharia civil, mas por fim, entre essas duas, optei pela arquitetura. Além de ser a verdadeira "embelezadora" de uma cidade, não tem química como específica, e sim história. História é melhor que Química. Aliás, tudo é melhor que Química.
Porém, uma outra vertente existe, nesse mundinho que rege minha vida. Eu tenho um outro amor, uma paixão explosiva. Que, como em física, toda vez que eu estou em um lugar, não importa qual, qualquer um, instantaneamente vem a minha cabeça uma imagem, uma cena. Na hora, voa pela minha cabeça uma música de fundo e um acontecimento no lugar onde estou. Ainda mais se forem lugares desconhecidos ou bonitos. Como havia escrito lá em cima, eu queria ser escritor, eu gosto de histórias e gosto de mostrar aos outros as minhas histórias, mas do modo que eu vejo. Gostaria de um livro publicado meu, claro, mas isso deixa a interpretação da história muito à vontade do leitor. Gosto que as pessoas vejam do jeito e modo que eu vejo. E por conta disso, minha tendência a cinema é imensa. Já escrevi alguns roteiros, tenho bastantes contos e dois livros escritos. Não deixo ninguém ler e não gosto de que leiam, pelo motivo já citado acima. Apenas um roteiro meu eu divulguei, por motivos lógicos, estávamos filmando este. Mas fora abandonado e ninguém mais gostaria de me ajudar a levantá-lo, e ter este terminado é o meu maior sonho.
E aí que minha longa história sobre minha escolha de faculdade acaba. Não, dessa vez eu não escrevi coisas pra pensar, ou simplesmente algo que eu falei que iria escrever, só usei esse espaço pra soltar o que eu to sentindo sobre minha escolha profissional. Arquitetura ou cinema.
Pra aqueles que repararem a diferença de dias deste post ao anterior: Não é que tenha sido abandonado, por que não foi de modo algum. Todo dia entro aqui e tento escrever algo, meus rascunhos não são poucos, mas por algum motivo, eu não os concluo. Em alguma hora vou concluí-los e postá-los.