quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Os três macacos e um sem tato.

Não sinto, não vejo, não falo, não ouço.
Eu ignoro as pessoas ao meu redor e assim me sinto muito melhor. As pessoas as vezes tem tendência de achar que uma pessoa é boa demais ou que uma pessoa é muito pior do que ela é na verdade. As pessoas são pessoas e elas não são nem boas demais nem de menos. As pessoas são pessoas com suas distintas características e a gente aceita ou não elas. Quando aceitamos, nós decidimos nos aproximar dessas pessoas e torná-las especiais pra nós.
Todas as minhas aproximações não foram feitas por mim. Não gosto de me aproximar das pessoas por que me conheço bem demais pra saber que não faço bem a ninguém. Todas as pessoas que se aproximaram de mim e me tem como amigo são por que vieram a mim com suas espectativas e decidiram aceitar meus defeitos e qualidades.
Acho que é uma grande responsabilidade essa aceitação. Quando você quer uma pessoa por perto você sabe que está entregando seus sentimentos e o direito dessa pessoa de mexer contigo. Seja pra te fazer sorrir, te fazer chorar, te irritar, te machucar somehow ou simplesmente tirar um sorriso de seu rosto.
Pessoalmente, tento fazer as pessoas sorrirem. Posso não conseguir fazer alguém sorrir, mas também tento não fazer ninguém chorar. Mas as vezes é complicado, ainda mais por que sou uma pessoa que tenta não mentir pra ninguém, e minha tendência a verdade só aumenta com a proximidade de qualquer tipo de relação.
Meu problema de proximidade com as pessoas é saber que quando alguém se torna importante pra mim e reparo na reciprocidade, eu fico com a certeza fictícia de que a pessoa não vai deixar o lugar que ela tomou, então eu me torno mais solto e irritadiço com a pessoa, sendo mais a pessoa que sou e eu sei lá. Mas como eu acabo brigando muito e blablabla, as pessoas se afastam.

Não tento ir atrás das pessoas por saber que eu vou acabar brigando com elas, as pessoas fazem amizade comigo por gostarem das minhas qualidades e aceitarem meus defeitos. Quando eu aceito elas como alguém que posso depositar algo, elas saem.
Vou voltar pra base do não sinto, não vejo, não falo e não ouço.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Escrevo sobre sentimentos não por achá-los bonitos, mas por que ninguém mais dá a mínima pra eles.

Já dizia o mestre Russo: "Quem inventou o amor? Explica por favor..."

"Antes das Seis" é uma música bem pura que fala sobre o acordar do casal -ou o antes do despertar- mas não muda o fato de que é uma música curtinha que só tem a frase escrita alí em cima durante (praticamente) a música inteira.
Não precisa de textos longos pra falar sobre o amor, não é preciso de uma longa descrição por que o amor não é assim. O amor não tem descrição e é impossível ser definido. Ele acontece de maneira que nos surpreende e tira nossa reação. Nossos objetivos mudam e ficamos um pouco desnorteados. Desculpe se estou errando nas palavras se quando você ama você não fica assim, estou me usando como exemplo, não devo ser um bom exemplo já que amei muito pouco em minha vida. Amei pouco, porém amei muito. Isso é algo que jamais me arrependerei.
Amar não é algo que desperta de uma hora para a outra, vai nos dominando e nos controlando à medida que o tempo passa. Muitas pessoas confundem o amor com a paixão. O doce fogo descontrolado que nos faz desejar muito forte a pessoa, conhecendo ou não. A paixão quando acorda nos faz de verdade só pensar na pessoa desejada. É uma vontade incontrolável de querer e ir atrás e etc.
Comigo, ao menos, o que sempre acontece (quando estou entrando em algum tipo de relacionamento) é primeio me apaixonar muito sinistro pela pessoa. Vou conhecendo melhor, ficando e tal, depois de um tempo a gente descobre se quer mais ou não. Esse "querer mais" é o nascimento do amor.
O amor não é um fogo.
O amor não é uma força propulsora de loucuras.
O amor não é um verbo, é um substantivo.
Amar é, além de um verbo (nesse contexto), uma palavra forte. Eu tenho uma super apreciação pela força que as palavras tem e (se você é alguém que lê/leu meu blog, leu o que eu escrevi sobre isso) cada uma tem sua função. A função da expressão que contém o verbo "amar"conjugado no tempo certo, com o pronome pessoal reto na frente e o pronome pessoal oblíquo no meio.
"Eu te amo" é a expressão mais forte do universo, seguido de "estou com fome", "comprei um playstation" e "passei de ano, porra". Algumas pessoas não enxergam sua beleza, normalmente essas tendem a soltá-las sem querer demonstrar seu sentido verdadeiro. Ué, vamos banalizar logo tudo, gente. Pra que amar?
É, nem amar é bom hoje em dia. As pessoas tem medo. Eu tenho medo.
Amar é a melhor coisa que existe, sinto saudades do amor. Tenho medo, sim, tenho medo. Quem não tem medo? Já escrevi aqui também que o medo não é gerado pelo que conhecemos, o medo provém do desconhecido. O arriscar nos dá medo. Pra que tentar? Pra que seguir uma opção que pode nos machucar?
Não há sentido em viver se a gente não arrisca, não tenta, não vai pra frente.
Nossa vida é composta de tentativas, erros e sucessos. Amar é o grande erro do nosso sucesso.
Para todo passo que damos para frente, colocamos um atrás para servir de apoio para a porrada que está bem a nossa frente. Será que devemos realmente colocar esse pé aí? Será que devemos ter que nos importar tão seriamente com isso tudo?
A gente se machuca de verdade, a gente sofre, mas dizer que não valeu a pena é ser um puta mentiroso.
Vá amar e salvar vidas, vá amar e ser feliz, vá amar e jogue algumas coisas pro alto.
Amar é bom, amar é saudável, amar é gostoso, amar faz bem. Se você já amou, sabe como é.

"Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer
-Quero ficar só com você..."

Penúltima estrofe da música descrita lá em cima.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Seu sorriso acaba com a miséria.

Num clima festeiro se encontra a melancolia da minha vida.

Por um momento, por um breve momento, quero que o amor (romântico) se vá dessa Terra. Gostaria de ver o mundo girar sem ninguém se preocupando com o coração da outra pessoa. Imaginem um mundo na pureza do amor mais lindo que há.
Não que eu queira separar o amor romântico do amor familiar, de amigo ou whatever, mas a gente é capaz de amar um amigo por ser amigo e uma outra pessoa por ser aquela pessoa especial que queremos viver até morrer. Então.
Imaginem um mundo sem que existisse a vontade de passar a vida com uma só pessoa. A vida sem a vontade de ter relações ou sei lá. Um mundo onde a amizade pura prevalecesse. Sei lá, tava pensando nisso agora e não tenho nenhuma opinião formada sobre isso. Só me deu vontade de escrever sobre isso por que eu estou sem ter o que fazer e não quero trabalhar.
Eu sou todo retardado e adoro criar "mundos" e fazer comparações entre minhas criações utópicas e o mundo atual. Quem não há de convir que minhas criações não podem até trazer dúvidas interessantes? Estava pensando em dar algumas voltas pelo mundo para ver o que era possível ser feito para ajudar esse lugar tão pequenamente grande. Não gosto dos modelos que regem ele. Não gosto dos que já regeram.
Não gosto das pessoas que regem.
Não gosto nem do meu vizinho de cima.
Há coisas que não podemos fazer sem poder. Mas poder é algo que pode te controlar se você não for forte o suficiente pra tomar conta dele.
Poder é algo que te leva a ter a obrigação de tomar conta das pessoas. Porém as pessoas são fracas. Tanto as pessoas que governam quanto as pessoas que são governadas. Uma não sabe lidar com o poder e as outras não ajudam na construção de um decente. Aí fica foda.
Acredito em modelos que possam ajudar o mundo nessa questão. Acredito num capitalismo social. Acredito que a vida pode ser levada de maneira mais justa e mais vivível. Vamos recompensar aqueles que trabalhar até a morte. Vamos dar uma base igual a todos para que aí sim possamos falar que "aquele alí é um merda por que vagabundeou a vida inteira".
Se todos tivessem os mesmos direitos, nascessem iguais de verdade, eu olharia pro lado menosprezaria um vagabundo. Mas tem horas que eu olho pro lado e vejo uma pessoa que não teve a sorte que eu tive. Eaí eu fico pensando comigo se a vida foi feita pra ser vivida assim.
A vida não é justa. Nem um pouco, isso não é segredo ou nada. Mas a injustiça dá graça. Isso não é algo que dê para ser negado também. A injustiça embeleza um pouco esse mar de merda em que vivemos.
E agora olha o que eu estou falando. Comecei o post discutindo amor e agora estou falando de direitos sociais.
É, acho que amor pode salvar o mundo e deixar as pessoas mais iguais. Vamos amar mais, gente.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Cagar um J é mais fácil do que um I

Eu acabei de comentar num blog de uma amiga, não me julguem.

Eu não gosto do comunismo. Eu sou capitalista. Eu não gosto do capitalismo do modo que ele é aplicado.
Minha amiga me disse "você é centro-direita".
Eu não sei o que sou em um cenário político. Eu só sei que eu sou a favor dos direitos iguais desde que as pessoas estejam todas nisso. Se alguém foge a regra ela vira excessão. Eu não sou muito caridoso com algumas exceções.
Não estou comparando judeus com ratos ou nazistas/fascistas com moradores de bairro nobre de classe média.
Apenas não queria que esse post fizesse tanto sentido pra mim e nenhum para vocês.