sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Escrevo sobre sentimentos não por achá-los bonitos, mas por que ninguém mais dá a mínima pra eles.

Já dizia o mestre Russo: "Quem inventou o amor? Explica por favor..."

"Antes das Seis" é uma música bem pura que fala sobre o acordar do casal -ou o antes do despertar- mas não muda o fato de que é uma música curtinha que só tem a frase escrita alí em cima durante (praticamente) a música inteira.
Não precisa de textos longos pra falar sobre o amor, não é preciso de uma longa descrição por que o amor não é assim. O amor não tem descrição e é impossível ser definido. Ele acontece de maneira que nos surpreende e tira nossa reação. Nossos objetivos mudam e ficamos um pouco desnorteados. Desculpe se estou errando nas palavras se quando você ama você não fica assim, estou me usando como exemplo, não devo ser um bom exemplo já que amei muito pouco em minha vida. Amei pouco, porém amei muito. Isso é algo que jamais me arrependerei.
Amar não é algo que desperta de uma hora para a outra, vai nos dominando e nos controlando à medida que o tempo passa. Muitas pessoas confundem o amor com a paixão. O doce fogo descontrolado que nos faz desejar muito forte a pessoa, conhecendo ou não. A paixão quando acorda nos faz de verdade só pensar na pessoa desejada. É uma vontade incontrolável de querer e ir atrás e etc.
Comigo, ao menos, o que sempre acontece (quando estou entrando em algum tipo de relacionamento) é primeio me apaixonar muito sinistro pela pessoa. Vou conhecendo melhor, ficando e tal, depois de um tempo a gente descobre se quer mais ou não. Esse "querer mais" é o nascimento do amor.
O amor não é um fogo.
O amor não é uma força propulsora de loucuras.
O amor não é um verbo, é um substantivo.
Amar é, além de um verbo (nesse contexto), uma palavra forte. Eu tenho uma super apreciação pela força que as palavras tem e (se você é alguém que lê/leu meu blog, leu o que eu escrevi sobre isso) cada uma tem sua função. A função da expressão que contém o verbo "amar"conjugado no tempo certo, com o pronome pessoal reto na frente e o pronome pessoal oblíquo no meio.
"Eu te amo" é a expressão mais forte do universo, seguido de "estou com fome", "comprei um playstation" e "passei de ano, porra". Algumas pessoas não enxergam sua beleza, normalmente essas tendem a soltá-las sem querer demonstrar seu sentido verdadeiro. Ué, vamos banalizar logo tudo, gente. Pra que amar?
É, nem amar é bom hoje em dia. As pessoas tem medo. Eu tenho medo.
Amar é a melhor coisa que existe, sinto saudades do amor. Tenho medo, sim, tenho medo. Quem não tem medo? Já escrevi aqui também que o medo não é gerado pelo que conhecemos, o medo provém do desconhecido. O arriscar nos dá medo. Pra que tentar? Pra que seguir uma opção que pode nos machucar?
Não há sentido em viver se a gente não arrisca, não tenta, não vai pra frente.
Nossa vida é composta de tentativas, erros e sucessos. Amar é o grande erro do nosso sucesso.
Para todo passo que damos para frente, colocamos um atrás para servir de apoio para a porrada que está bem a nossa frente. Será que devemos realmente colocar esse pé aí? Será que devemos ter que nos importar tão seriamente com isso tudo?
A gente se machuca de verdade, a gente sofre, mas dizer que não valeu a pena é ser um puta mentiroso.
Vá amar e salvar vidas, vá amar e ser feliz, vá amar e jogue algumas coisas pro alto.
Amar é bom, amar é saudável, amar é gostoso, amar faz bem. Se você já amou, sabe como é.

"Enquanto a vida vai e vem
Você procura achar alguém
Que um dia possa lhe dizer
-Quero ficar só com você..."

Penúltima estrofe da música descrita lá em cima.

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