domingo, 28 de fevereiro de 2010

2012 Interno

É impressionante que eu vou escrevendo algumas coisas aqui e os rascunhos vão se acumulando e acumulando, porém eu nunca, nunca mesmo, volto a escrever neles pra postar... No máximo devo ter feito isso uma vez.
Eu me lembrei há pouco tempo que havia baixado o cd novo do Lostprophets (e que, diga-se de passagem, está muito bom) e comecei a ouvir a música "It's Not The End Of The World But I Can See It From Here". O refrão é exatamente essa frase.
Há tantos modos de ler isso. Quero dizer, há muitos modos de interpretar isso. Para cada momento da pessoa que lê, ela enxerga coisas diferentes. Por exemplo, se eu parar pra ler, eu acho que minha interpretação seria de um mundo interno sendo destruído, meu mundo. Mas se alguma ONG pró bem-estar mundial, provavelmente vai interpretar como as mudanças climáticas que já estão acontecendo, pois o mundo não está acabado já de fato, mas a sua destruição já começou.
Não que eu não me preocupe com o meio-ambiente, mas considero a destruição do mundo de cada pessoa infinitamente mais corrosivo e nocivo para a pessoa. Além de tudo, isso não é reverso, uma vez que se ganhou uma ferida no seu mundo, ela pode no máximo cicatrizar, mas sua marca sempre ficará lá. No mundo real, muitas das feridas podem ser curadas em ponto de reversão. Só não são por conta do ser "mono neurônico" que vive sobre este, mas enfim.
Cada experiência, cada ponto de vivência e cada sofrimento é o bastante para o seu mundo ganhar várias cicatrizes, mas assim ele também se desenvolve e ganha forma.
Meu mundo tem uma forma de sentimentalismo misturada com desvirtude, tem tons de verde com preto, desconfiança com insegurança e, num cantinho, um pequeno e indefeso sólido de revolução vermelho-vivo, que possui duas linhas curvas simétricas conectadas no final e no início de cada uma, se colocado em um plano de duas dimensões. Sempre está tocando uma música gostosa, com um arranjo lento e suave quando é preciso. E um arranjo rápido e estimulante em sua época de normalidade.
Nesse mundo apenas vive uma pessoa, porém habitam muitas imagens, imagens essas que seu único habitante algum dia reza materializar. E um dia elas dentro do seu mundo, nunca mais sairão. E então, quando conseguir materializar essas imagens, seu sonho de ajudar o pequeno sólido de revolução que está perdido no mundo, chorando, partido e tentando aprender a fazer aquilo que ele nasceu predestinado a fazer: amar.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O menino da pipa azul.

Hoje eu tava na escola e tava conversando com um amigo meu. Como normalmente falar em sala de aula é uma prática comum mas não muito apreciada pelos professores, eu tomei esporro e comecei a escrever. Eu adoro escrever. É muito relaxante, e gosto de escrever quando eu to naquela de pouco me importar para o que estou escrevendo. Só aperto teclas ou rabisco letras e no fim de tudo, leio o que saiu.
Enfim, esse não era meu ponto, meu ponto era falar que eu coloquei um título na minha conversa com meu amigo, que foi esse título que usei nesse post. Não teve sentido algum ter colocado esse título naquela conversa, tal como não tem sentido algum colocar isso como o título disso aqui. E então eu fiquei pensando nas coisas inúteis.
Eu adoro a inutilidade, e muitos não sabem como ser inútil é ser útil. Pois há beleza na inutilidade que a permite virar desinútil. Não sei se é pelo fato d'eu ser apaixonado pelas poesias de Manoel de Barros que estou falando desse modo ou se simplesmente gosto de escrever coisas sem sentido. Mas se tem sentido ou não, não importa, o que importa é se vale a pena ou não. Se lhe agrada ou não.
Já me disseram que algumas das coisas que eu escrevo são de uma interpretação trabalhosa, e eu me divirto com isso, tal como me divirto quando eu fico estudando alguma letra de música na aula de Literatura-Inglês. A professora fica declamando que há toda uma coisa por trás daquelas letras e tal. Ela nos passou pra estudar a música do século. Aquele que não conhece ou não gosta de Bohemian Rhapsody merece o prêmio merda do milênio.
Enfim, e lá estava ela dizendo que há toda uma história, querendo dizer que o cara estava sendo preso, mas tudo poderia ser um sonho, que ele deu um tiro no outro cara e então começou a ter alucinações, enfim, ela ficou falando várias coisas do tipo e eu simplesmente falei em voz alta que achava que na verdade um cara encheu o cu de cerveja, vodka, tequila e cachaça e começou a escrever aquela porra doidão.

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Levei um esporro filho da puta.

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E olha que a mulher gosta de mim.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Rascunhos lotados.

É cara, meus rascunhos tão lotados, mas por que não escrevo? fml total.
Esses dias estão sendo interessantes, esse carnaval marcou demais. E finalmente uma coisa que ansiava há bastante tempo aconteceu.
É impressionante que é quando nós não estamos procurando que as coisas surgem, né? E surgiu e estou bastante feliz com isso. Estou bobo alegre, feliz pra caramba com a vida e é isso ae. Não sei quanto a outras pessoas, mas eu fico muito mais inspirado pra escrever quando estou triste ou quando to num momento mais de reflexão, então quando eu paro de escrever é um bom sinal, ao menos pra mim. (heh)
Mas ao mesmo tempo, não é um bom sinal, pois eu amo escrever. Lembrei-me que escrevo também quando estou maluco. Não no sentido literal, é claro. É quando eu acordo num espírito com a cabeça a mil, sem saber por que. E aí vou escrevendo e quando dou por mim, fiz um "quem sou eu novo" do orkut, dois posts no blog e um post que ocupa espaço de comentários no fotolog. Sem contar o fato de que o meu twitter também já me tirou do ar por floodar muito.
Cacete, eu tenho muitas redes sociais.... E ainda tem gente querendo me tacar dentro do "facebook".
Pra que diabos eu quero um facebook? Me dizem que é melhor que orkut, que é melhor que a porra toda. Cara, eu já tenho um site que conta o que eu ouço pra eu ter controle disso, tenho um blog pra abrir minha cabeça, tenho um orkut pra não perder contato com as pessoas ao meu redor e ter um relacionamento online, tenho um fotolog pra ter o desabafo do dia, um twitter pra ficar soltando as merdas que tão na minha cabeça, então pra que eu vou querer mais uma futilidade da internet? Pra que serve um twitter??? Cara, escrevendo isso eu to me sentindo um dependentezinho de merda, como lidar?
Eu odeio o fato de ser viciado em computador, mas eu os amo. Fazer o que? Não quero ter mais um motivo pra sempre ligar isso aqui.
Algum dia, eu vou queimar o fuzil de eletrecidade do mundo, e finalmente vou conseguir me livrar. E quando isso acontecer, eu vou ser feliz.



Feliz e morto, pois o mundo inteiro vai querer me matar.