Devaneios da madrugada e parabolismos atuantes me fazem olhar pra minha parede mais uma vez. Ela está muito diferente do que ela já foi um dia, me lembro de que meus melhores textos vinham quando eu não pensava. Apenas fitava a parede até ela me conduzir meus dedos pelas teclas. A parede me fazia pensar ou eu considerava isso uma desculpa para dizer que eu estava escrevendo sem um raciocínio lógico? Será que eu escrevo pensando sempre? Não sei muito sobre pensar. Não gosto muito de pensar. Quanto mais eu penso mais eu quero parar de pensar.
É difícil de aceitar certas coisas que pensamos e gostaríamos de não ter pensado. A vida seria muito mais simples se a gente simplesmente aceitasse 90% das coisas e não ficasse pensando nas outras. Deixar se levar e ver onde dá. Mas não dá pra fazer isso pra sempre. Certos momentos é necessário rever suas ações e o caminho que está sendo traçado na sua frente. Se você está olhando para um lugar mas não consegue enxergar a trilha pra chegar lá, quer dizer que tem algo errado aí. Mesmo o mais desequilibrado dos bobos sabe que não se anda por um caminho inseguro e incerto sem nem ao menos souber onde pisa.
Meu chão ainda está meio esburacado com muitas curvas e armadilhas. Mas meu caminho está mais claro que um raio de sol, mesmo com todos esses desafios.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Além do sal. Sol. Sal. Sol.
Carregamento da maré forte bate e conforta meu sono enquanto deito e me aconchego nas curvas que a areia me proporciona. O solo vai tomando a forma que meu corpo deseja ao se espreguiçar e estender cada músculo do meu corpo. Às vezes a água bate e vai levemente ajustando o contorno formado pelas ex-dunas. O calor que antes me fazia transpirar agora tornou-se um abraço frio e úmido, trazendo com ele uma sensação de bem estar.
Levanto-me calmamente e vou andando em direção ao mar. Entro na água e a deixo rebater-se contra meu corpo. Sou levado, sou guiado, sou carregado. Deito-me na água. Não sinto meus pés, não sinto minhas mãos. Sinto apenas a superfície da água encostando em mim.
Abro meus olhos.
Abri os olhos e tomei conhecimento das coisas que acontecem e não acontecem. Aquilo que está para acontecer pode ser explicado por algo que já tenha acontecido. Ou pelo menos podemos buscar algum tipo de ajuda em algo que já passou. Pode-se dizer que tudo aquilo que acontece pode ser explicado. Há uma explicação para tudo e não há duvidas quanto à isso. O problema é que muitas vezes não queremos aceitar a explicação das coisas e aí a gente acaba se confundindo na própria cabeça.
Queremos aceitar coisas e negar outras. Queremos que as coisas acabem como planejamos. Raramente essas coisas acontecem. Esse tipo de frustração nos fode levemente. E nos faz pensar que o que sentimos ou o que pensamos pode não fazer sentido, já que queremos algo que nos frustra.
Correr atrás do que gosta é um caminho que vai ser muito mais doloso que seguir um caminho mais fácil e ir aceitando as coisas. Correr atrás de sonhos é mais difícil do que se aparenta, mas alguém tem que fazer. A desistência e o desânimo fazem parte de tudo aquilo que a gente passa. Superar essas paradas é que nos faz mostrar alguma coisa.
Não sou poeta, não sou artista, não sou nada. Eu sou uma pessoa que ama. Amo as coisas que amo.
Meus textos incompletos.
Meus desenhos mal feitos.
Minhas amizades mal acabadas e as que perseveram até hoje.
Minha família.
Não guardo rancor, mas tento ser um pouco orgulhoso pra mascarar uma fraqueza de espírito por gostar tanto das pessoas a ponto de querer sempre ir falar com elas, mesmo que me magoem. Eu faço isso por ter um sonho. Um sonho de querer estar sempre com as pessoas a quem gosto. Troco seu sorriso por qualquer lágrima minha, troco meu mundo pelo mundo de quem me é caro. Desisto da areia, do mar, do calor e do frio. Me frustro. Acho que minha mente não possui senso e explicação. Mas na verdade, há sentido. E o sentido está me esperando depois desse mar, ali no horizonte.
Levanto-me calmamente e vou andando em direção ao mar. Entro na água e a deixo rebater-se contra meu corpo. Sou levado, sou guiado, sou carregado. Deito-me na água. Não sinto meus pés, não sinto minhas mãos. Sinto apenas a superfície da água encostando em mim.
Abro meus olhos.
Abri os olhos e tomei conhecimento das coisas que acontecem e não acontecem. Aquilo que está para acontecer pode ser explicado por algo que já tenha acontecido. Ou pelo menos podemos buscar algum tipo de ajuda em algo que já passou. Pode-se dizer que tudo aquilo que acontece pode ser explicado. Há uma explicação para tudo e não há duvidas quanto à isso. O problema é que muitas vezes não queremos aceitar a explicação das coisas e aí a gente acaba se confundindo na própria cabeça.
Queremos aceitar coisas e negar outras. Queremos que as coisas acabem como planejamos. Raramente essas coisas acontecem. Esse tipo de frustração nos fode levemente. E nos faz pensar que o que sentimos ou o que pensamos pode não fazer sentido, já que queremos algo que nos frustra.
Correr atrás do que gosta é um caminho que vai ser muito mais doloso que seguir um caminho mais fácil e ir aceitando as coisas. Correr atrás de sonhos é mais difícil do que se aparenta, mas alguém tem que fazer. A desistência e o desânimo fazem parte de tudo aquilo que a gente passa. Superar essas paradas é que nos faz mostrar alguma coisa.
Não sou poeta, não sou artista, não sou nada. Eu sou uma pessoa que ama. Amo as coisas que amo.
Meus textos incompletos.
Meus desenhos mal feitos.
Minhas amizades mal acabadas e as que perseveram até hoje.
Minha família.
Não guardo rancor, mas tento ser um pouco orgulhoso pra mascarar uma fraqueza de espírito por gostar tanto das pessoas a ponto de querer sempre ir falar com elas, mesmo que me magoem. Eu faço isso por ter um sonho. Um sonho de querer estar sempre com as pessoas a quem gosto. Troco seu sorriso por qualquer lágrima minha, troco meu mundo pelo mundo de quem me é caro. Desisto da areia, do mar, do calor e do frio. Me frustro. Acho que minha mente não possui senso e explicação. Mas na verdade, há sentido. E o sentido está me esperando depois desse mar, ali no horizonte.
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