sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Minha Odontóloga.

Salto, sobressalto, ressalto.
Assalto.

Corações, belos corações que aparecem em minha frente.
Não sei se devo abraça-los ou se devo afugentá-los,
será que devo continuar ou
será que devo parar.

Parar.

Para

que

parar?

Continuar.
Abraçar.




Obrigado.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Esta postagem é sobre o amor gay.

Eu tava soltando um desabafo no twitter e, quando fui notar, já estava no sétimo tweet seguido e ainda queria dizer mais. Não vou ficar sufocando nenhum follower com flood chato de assuntos polêmicos. Então resolvi vir pra cá e soltar meu dedo e meus ideais em simples parágrafos. É até bom que dou uma revitalizada nesse tão pacato blog.
Bom, sem delongas, eu estava inicialmente falando sobre igualdade social e sexual, coisas do tipo. Mas comecei a pensar mais fundo nesse lado de igualdade e comecei a me irritar (internamente) com outras coisas que fogem um pouco desse tema, mas ainda sim é pertinente e presente no mundo contemporâneo.

O que aconteceu com o amor?

Tipo, eu sei que eu sempre falo disso por aqui, talvez eu possa até falar que esse é basicamente o tema das coisas que escrevo, mas é que é um sentimento tão grande, complexo e variante que sempre tem coisas pra se dizer sobre ele. Mas o que eu quero refletir agora é diferente, o amor não era pra ser de todos? Diga-me se existe alguém no mundo que não possua o direito de amar?
Ninguém tem o direito de amar mais que o outro e etc, isso pra mim era meio óbvio. Mas existe tanta gente que possui inveja da felicidade alheia que parece querer destruir, limitar e não permitir que o amor aconteça. Ao menos esse é o único motivo que eu vejo pra que outras pessoas queiram barrar amor verdadeiro que surge entre duas pessoas.
Pessoas. Sim, pessoas. Pois no mundo há pessoas, além de outros muitos animais, vegetais, etc. Mas há pessoas. Pessoas dotadas de inteligencia e sentimentos. Pessoas, em geral, sorriem, choram, respiram, amam. Amar é livre e libertador, faz com que sua vida ganhe um segundo significado além daquele que você predestina pra si, que é ajudar outra pessoa a cumprir esse objetivo contigo ao lado. Viver juntos.
O amor inspira, o amor faz crescer, e o amor não escolhe onde vai pousar. Já amei algumas vezes, estou amando e pretendo continuar amando até o último suspiro da minha vida.

Pessoas amam, e não existe diferenciação de pessoas.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

É maior que todas as coisas existentes e consegue caber dentro de um coração:

O mundo parte, reparte, quebra, despedaça e, depois, se une novamente.
O mundo é um pedaço de tudo, é um pedaço de todo, é um despedaço de mim.
O mundo sou eu.
O mundo somos nós.
O que é o mundo?

O mundo é uma visão, um tipo de olhar, um modo de enxergar.
O mundo é variante, variável, mutável, adaptável.
O mundo é meu.
O mundo é nosso.
O que é o mundo?

O mundo é completo e ,ao mesmo tempo, vazio.
O mundo é cruel, perigoso e cheio de armadilhas.
O mundo é vasto, lindo, cativante e libertador.
O mundo é tranquilo, sereno, suave, delicado.
Mas o que é o mundo?

O meu mundo é o meu universo.
O meu mundo é meu jeito de encarar o mundo.
O meu mundo é tudo aquilo que penso, acredito, sinto, toco, vejo e aceito.
O meu mundo começa quando o mundo de todos acabam.
O meu mundo não é apenas uma palavra.
O meu mundo contém em cinco letras milhões de mundos, universos, galáxias e vidas.

O que é o mundo?
O que é o seu Mundo?

domingo, 9 de junho de 2013

Aeronaves seguem pousando sem você desembarcar.

E assim tiraram minha inspiração, de repente. De maneira intensa, violenta e sutil.
Não escrevo, não desenho, não penso, não vivo. Não acordo pra viver, acordo pra repetir ações ao longo do meu dia para no final dele recostar minha cabeça e saber que tudo acontecerá de novo nos próximos dias. Uma luz que um dia eu tive me dava mais disposição para continuar fazendo as coisas que eu deveria, por mais que eu não enxergasse direito essa fonte luminosa no meio de tanta claridade escura. Sinto falta das coisas, sinto falta de abraços e carinhos. Coisas bobas, coisas pequenas, coisas que importam de verdade.
Sorrisos e aconchegos.
Fazer com que a sua vida fique mais leve após fazer uma brincadeira irritante só pra provocar, depois dar um abraço e um beijo falando que a única coisa que importa é que as coisas fiquem do jeito que estão. Nada me faria mais feliz que deitar num carpete recostado num móvel apenas para ver uma vida dormindo, feliz e serena, como se nada fosse mais importante que aquele frágil e delicado ser.
Gracioso por si, maravilhoso pra mim.
Palavras não contém nem um décimo do sentimento que eu posso colocar para representar minha saudade e minha baixa expectativa de que algum dia eu volte a poder olhar um sorriso de volta ao reencontrar a pessoa que tanto prezo. Sorrir, abraçar e dizer que vou ficar ao lado dela até que me arrastem para fora dali. Dizer que as coisas importantes da vida são baseadas nas consequências da alegria e do desejo de estar pra sempre juntos.
E assim tiraram minha inspiração, de repente. De maneira intensa, violenta e sutil.
Cortaram as cortinas, quebraram as memórias e apagaram o passado. Olhar para o rosto e acenar com a cabeça. Ir para um lugar e ficar na esperança de que não haja encontro algum. Mas há de haver, pois por mais que o desejo de não se encontrar seja grande, o acaso gosta de provocar. Uma certa vingança pelas provocações bobas que fazíamos desnecessariamente para rir da reação. Sorrisos não se encontram, só nervosismo pela presença. Não é nem nervosismo de angústia, é algo que pega de surpresa mesmo. Parece que a presença é incômoda, apesar de não ser. Não há mais abraço, não há mais provocação, não há mais saudades, não há mais emoção, há apenas a liberdade mútua. Liberdade de não querer mais um sorriso e um carinho do seu lado. Liberdade de não ver mais o seu mundo deitado e descansando em sua cama enquanto você fica ali olhando e guardando para que nada nem ninguém possa feri-lo em seu momento desprotegido.
A vontade seca e as lembranças se tornam vazios.
Qualquer informação se torna irritante. Qualquer comentário dá vontade de implicar, mesmo que de graça. Não há mais a vontade de se dar bem, apenas o desejo de tirar a pessoa do sério. E não é para ver um sorriso, nem mesmo para garantir o seu próprio sorriso. É apenas para nada.
Sinto vontade de dar um abraço apenas para mostrar o que é um abraço. O que foi um abraço.
Mas o que faz o abraço não é o contato físico, é o contexto geral de sentimento somado com o afeto que existe entre os abraçados. Abraços vazios são horríveis. Abraços saudosos são maravilhosos. Abraços amorosos são perfeitos.
Mas não há mais abraço, não há mais brigas, não há mais discussões, não há mais lágrimas, não há mais desejos, não há mais nada.
Como minha inspiração, que foi tirada de mim de repente. De maneira intensa, violenta e sutil.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Chain of Memories

Devaneios da madrugada e parabolismos atuantes me fazem olhar pra minha parede mais uma vez. Ela está muito diferente do que ela já foi um dia, me lembro de que meus melhores textos vinham quando eu não pensava. Apenas fitava a parede até ela me conduzir meus dedos pelas teclas. A parede me fazia pensar ou eu considerava isso uma desculpa para dizer que eu estava escrevendo sem um raciocínio lógico? Será que eu escrevo pensando sempre? Não sei muito sobre pensar. Não gosto muito de pensar. Quanto mais eu penso mais eu quero parar de pensar.
É difícil de aceitar certas coisas que pensamos e gostaríamos de não ter pensado. A vida seria muito mais simples se a gente simplesmente aceitasse 90% das coisas e não ficasse pensando nas outras. Deixar se levar e ver onde dá. Mas não dá pra fazer isso pra sempre. Certos momentos é necessário rever suas ações e o caminho que está sendo traçado na sua frente. Se você está olhando para um lugar mas não consegue enxergar a trilha pra chegar lá, quer dizer que tem algo errado aí. Mesmo o mais desequilibrado dos bobos sabe que não se anda por um caminho inseguro e incerto sem nem ao menos souber onde pisa.

Meu chão ainda está meio esburacado com muitas curvas e armadilhas. Mas meu caminho está mais claro que um raio de sol, mesmo com todos esses desafios.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Além do sal. Sol. Sal. Sol.

Carregamento da maré forte bate e conforta meu sono enquanto deito e me aconchego nas curvas que a areia me proporciona. O solo vai tomando a forma que meu corpo deseja ao se espreguiçar e estender cada músculo do meu corpo. Às vezes a água bate e vai levemente ajustando o contorno formado pelas ex-dunas. O calor que antes me fazia transpirar agora tornou-se um abraço frio e úmido, trazendo com ele uma sensação de bem estar.
Levanto-me calmamente e vou andando em direção ao mar. Entro na água e a deixo rebater-se contra meu corpo. Sou levado, sou guiado, sou carregado. Deito-me na água. Não sinto meus pés, não sinto minhas mãos. Sinto apenas a superfície da água encostando em mim.
Abro meus olhos.


Abri os olhos e tomei conhecimento das coisas que acontecem e não acontecem. Aquilo que está para acontecer pode ser explicado por algo que já tenha acontecido. Ou pelo menos podemos buscar algum tipo de ajuda em algo que já passou. Pode-se dizer que tudo aquilo que acontece pode ser explicado. Há uma explicação para tudo e não há duvidas quanto à isso. O problema é que muitas vezes não queremos aceitar a explicação das coisas e aí a gente acaba se confundindo na própria cabeça.
Queremos aceitar coisas e negar outras. Queremos que as coisas acabem como planejamos. Raramente essas coisas acontecem. Esse tipo de frustração nos fode levemente. E nos faz pensar que o que sentimos ou o que pensamos pode não fazer sentido, já que queremos algo que nos frustra.
Correr atrás do que gosta é um caminho que vai ser muito mais doloso que seguir um caminho mais fácil e ir aceitando as coisas. Correr atrás de sonhos é mais difícil do que se aparenta, mas alguém tem que fazer. A desistência e o desânimo fazem parte de tudo aquilo que a gente passa. Superar essas paradas é que nos faz mostrar alguma coisa.

Não sou poeta, não sou artista, não sou nada. Eu sou uma pessoa que ama. Amo as coisas que amo.
Meus textos incompletos.
Meus desenhos mal feitos.
Minhas amizades mal acabadas e as que perseveram até hoje.
Minha família.

Não guardo rancor, mas tento ser um pouco orgulhoso pra mascarar uma fraqueza de espírito por gostar tanto das pessoas a ponto de querer sempre ir falar com elas, mesmo que me magoem. Eu faço isso por ter um sonho. Um sonho de querer estar sempre com as pessoas a quem gosto. Troco seu sorriso por qualquer lágrima minha, troco meu mundo pelo mundo de quem me é caro. Desisto da areia, do mar, do calor e do frio. Me frustro. Acho que minha mente não possui senso e explicação. Mas na verdade, há sentido. E o sentido está me esperando depois desse mar, ali no horizonte.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Cubram-se que a frente fria chegou e o vale vai inundar.

Eu sou muito criterioso e gosto de apontar o dedo pra falar das coisas. Os defeitos daquilo que quero apontar sempre aparecem muito mais que as características positivas. Pode ser porque rola um exagero ou porque as coisas ruins possuem um destaque natural. Quando alguém comete uma besteira, sempre rola um efeito maior que quando alguém faz uma boa ação ou algo incrível. É natural que as partes negativas tomem um maior lugar.
Eu não gosto de São Paulo e o mundo inteiro sabe disso. Há muitos motivos pra desgostar daqui, como o trânsito, a pressa das pessoas, não ser uma cidade litorânea, etc. Talvez isso tenha começado há uns anos, já que quando eu era menor eu não tinha amigos. Os poucos que eu tinha, não tinham nada a ver comigo. Nunca tive amigo de prédio ou de rua, todos eram da escola. Minha escola era de riquinho e eu não era um desses. A gente tinha uma televisão lá em casa e eu assistia TV Manchete com meu irmão. Mais precisamente Cavaleiros do Zodíaco. Minha mãe gravava todos os episódios em fitas. Meus amigos da escola não sabiam o que era Cavaleiros do Zodíaco. Eu ficava maluco querendo saber o que eles faziam da vida senão assistir esse desenho, já que era a única coisa que eu vivia fora da escola. Eu não tinha assunto com meus amigos direito por causa disso, então no final a gente brincava de correr, pular, esconder, mas nunca conversava direito. Até que chegava as férias.
Minha infância inteira era passada em família (natural). A diferença é que eu tenho primos ligados à família da minha mãe que cresceram comigo. Eu era o caçula até ter feito sete/oito anos, que foi quando eu ganhei um priminho mais novo. Todas as férias eu passava com meus primos. E eles sim conheciam aquilo tudo que eu conhecia. Meus primos eram meus amigos que eu poderia conversar sobre aquilo que eu gostava e assistia. Dá até pra fazer uma escada com nossas idades, do mais velho até mim. A gente se divertia muito, criávamos poderes para cada um de nós e não parávamos por nada. O problema era quando chegava o final das férias e eles tinham que ir embora. Éramos seis, contando com meu irmão. Mas todos eles moravam em São Paulo. Eu odiava aquele sotaque de quando eles chegavam e gostava do jeito que ele ficava quando estavam perto de partir. Era triste. Todas as férias em Friburgo ou na casa da minha avó (que é onde eu moro atualmente) era o grupo de primos se divertindo juntos.
Talvez eu tenha começado a sentir uma ponta de raiva de São Paulo por causa disso. Essa cidade me tirava meus primos-irmãos de mim. As pessoas que eu mais me identificava quando criança. E sem contar com o fato de eu ser carioca e ter toda aquela rivalidade cultural que a sociedade reflete.
Teve uma época que eu estava todo voltado pro meio-ambiente e essa coisa pró-ativa. Não que eu não me preocupe agora, continuo fazendo a minha parte, mas foi uma época que eu realmente me preocupava. Eu comecei a estudar essa coisa de chuva ácida e etc. E nas escolas eles sempre pegava São Paulo como exemplo. Mostrando exatamente como não se deve fazer. Uma cidade suja, com ar nocivo e uma chuva capaz de corroer a lataria de um carro. Mais coisas para serem adicionadas.
Mas a lista de coisas que eu não gosto por aqui não para. Aliás, ela é bem grande. Tão grande que se eu começar a falar, esse texto não terá fim porque sempre me lembrarei de mais alguma coisa. Mas eu sei que posso falar das coisas que gosto daqui. Das coisas que só quando eu venho pra cá eu me lembro. Que as coisas funcionam. Que aqui você se sente num meio mais sério. Uma cidade mais séria.
São Paulo me lembra trabalho. Me lembra que você não pode bobear ou ficar parado. A cidade é bem viva e você sempre vê alguém indo atrás de algo. O metrô daqui é perfeito comparado ao lixo que é o do Rio. Pela falta de praia, parques e outros lugares são mais frequentados. Gostaria que no Rio os parques fossem melhor tratados e frequentados. Temos mil lugares maravilhosos mas as pessoas se esquecem. Só existe a Lagoa e a praia. São Paulo é um lugar ideal pra quem quer se dar bem e subir no trabalho. Há chances e opções. É um lugar para se ganhar bem e ganhar nome. As pessoas podem ser menos carismáticas em alguns aspectos, mas em outros, elas são muito receptivas. Basta saber o que você quer. E querendo ou não, é uma cidade organizada. Meio labiríntica, mas organizada.
Eu não morro de amores por SP e meio mundo sabe disso. Aliás, acho que as pessoas já estão até de saco cheio de eu estar falando disso tão frequentemente. Mas não mostrei o lado bom e gostaria de falar que tem realmente um lado bom. Como tudo.