domingo, 19 de agosto de 2012

Um Animus não muito conectável para os outros.

Existem certos tipos de coisa que a gente pode chamar de certos tipos de coisa. Existem outras que não podemos chamar. Um certo tipo de coisa que queremos dizer pode ser qualquer coisa, só importa a gente ter algo para poder falar sobre um certo tipo de assunto. O problema consiste em você conseguir pegar esse assunto. Quando conseguimos esse assunto, nós conseguimos falar sobre essa coisa, e aí nós podemos dizer quais são as coisas que poderemos falar. E finalmente quando sabemos todas as opções de tudo aquilo que pensamos, temos deveras tipos de coisa na cabeça.

Minha vida pode ser resumida a fracassos e a vitórias. Não no mesmo número nem na mesma intensidade, mas podemos considerar que ambos aconteceram muitas vezes. Podemos dizer que eu já passei por muita treta e muitos momentos ruins, momentos que eu não gosto de lembrar, momentos que me fizeram me tornar quem eu sou hoje e ainda me faz crescer cada vez mais. Mas também já passei por muita coisa boa que também me ensinou muitas outras coisas, sem contar que as memórias são as mais gostosas possíveis. Memórias.

O que são memórias? O que é a experiência? Eu me deparo com certas dúvidas durante minha medíocre vida e fico me perguntando e me forçando a pensar nessas palavras e nos seus significados. A vida foi feita pra ser vivida. A vida é feita de sentimentos e realidade. A vida é feita de muitas mil coisas e ao mesmo tempo é feita de quase nada. Chega a ser tão simples que nós gostamos de botar um pouco de complexidade. A nossa vida se resume a vontade de criar memórias. É apenas isso. Seja criar memórias no dia de hoje ou criar memórias para um dia que vai chegar. Nós gostamos de viver para lembrarmos que vivemos. No final, o que fica sempre serão as coisas que fizemos, e não as coisas que queremos ou planejamos. As coisas que não fizemos não será gravada em lugar nenhum. Podemos dar um salto de um penhasco e conseguir se segurar do outro lado da montanha. Iremos nos lembrar de ter feito essa estupidez. Podemos tentar saltar e cair e morrer. As pessoas vão saber que você foi um idiota que tentou pular um penhasco. Mas se não pularmos ou fizermos nada (o que é o mais plausível para esse exemplo imbecil), nada irá ser cravado nas lembranças das pessoas. Não aconteceu nada e nem vai acontecer. Você não fez, você não agiu, você não implantou uma memória.

Claro que é muito gostosa a sensação de estar fazendo alguma coisa que você gosta. Todos nós amamos fazer aquilo que nos dá prazer. Seja sair com os amigos, andar sozinho por um lugar, ler, dormir, escrever, jogar ou qualquer outro exemplo que se encaixe nesse contexto. Você gosta de viajar com seus amigos pela experiência agradável que planeja ser. Mas no final, você repara que será realizado num curto período de tempo e que, quando você se dá conta, já passou. No final, você adquiriu memórias gostosas daquele evento. E as pessoas vão falar "vamos de novo!", "nossa, foi muito bom...", etc. E por que não fazemos de novo? Por que não colocamos mais memórias na nossa cabeça?

Memórias, lembranças... Somos feitos disso. Não estou dizendo que as pessoas vivam disso, apenas digo que é isso que faz uma pessoa. Não se vive de um passado. Você não é a mesma pessoa que você foi há um segundo atrás. A cada dia que passa, a cada vento que assopra em você, faz de você outra pessoa. Uma pessoa maior e diferente. Qualquer fato que acontece na sua vida, bom ou ruim, é uma experiência. Você trabalha com ela e faz-se outra pessoa.

Você não pode mudar nada daquilo que você já fez, mas você pode aprender com tudo e se transformar naquilo que você almeja ser ou conseguir fazer aquilo que você almeja fazer. Você tem o poder nas suas mãos e tem todas as lembranças das suas tentativas antigas na sua cabeça.

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