sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Chronicles of life and death and everything between

No fim eu morro. No fim você morre. No fim geral vai pro lugar onde espera ir ou não.
Eu acredito num breu eterno onde minha cabeça não funciona. Ou seja, tudo acaba e é literalmente o fim. Tem gente que não acha que é assim, opinião existe pra isso, religião existe pra isso.
O ponto é que a gente morre.

Eu acho.

Pelo menos é o que eu vejo por aí.

Às vezes eu fico pensando... Será que eu sou imortal? Já que não morri até agora e tipo, as pessoas ao meu redor são meio que projeções da minha mente e que eu actually sou o centro?
Tipo, já cogitei isso e tal, mas não acredito mesmo nessa coisa. Acho que minha mente sou eu e que as outras mentes são os outros. Não acredito em alma, não acredito em forças, mas acredito que pensamentos positivos levam ao sucesso, já que você está se levando a acreditar que fará um bom trabalho e isso te incentiva a continuar.
Levo tudo no psicológico, não sou uma pessoa sentimental, se é para colocar de maneira radical.
Cogito, ergu sum. Isso é o que levo pra vida. Não gosto de um Carpe Diem mas entendo quem curte. Não acho que a vida deva ser vivida como o último dia, mas acho que deve ser aproveitada como tal.
A vida é breve, a gente não percebe que ela passa e só depois reparamos que não andamos mais com as mesmas pessoas, não ouvimos mais as mesmas músicas, não frequentamos mais os mesmos lugares, estamos trabalhando ou deixando de trabalhar ou, principalmente, tendo que se preocupar com isso ou com muitas outras coisas.
A vida vai passando e nos marcando. A vida vai passando e nos deixando. A vida vai passando e aí a gente morre e a vida dos outros continuam.

Morte, sua grande filha da puta. Morte sua grande salvadora de vidas.
Obrigado por existir. Obrigado por me por medo. Obrigado por me encher de tristezas por perder gente querida, por sentir terror ao andar na rua. Obrigado.
Sei que a culpa não é sua, é seu trabalho, sei que não se diverte com isso, já me disseram. Reza a lenda que você, de vez em quando, descansa e vai pros bares do Leblon para esquecer a carnificina que você proporciona. Eletista você, hein Morte?
Mas a culpa não é sua, eu sei disso. A culpa é da Vida.
Se não fosse essa grande escrota, você não passaria por nada disso, Morte. A Vida é a culpada, a Vida é a grande escrota da história. A Vida fez a vida. E aí os vivos tendem a querer se matar. Dificultando sua vida, Morte.
Morte, você é simpática. Você é acolhedora, você é uma das melhores coisas que acontecem na vida. Você encerra a maldição que a Vida nos jogou. Você nos livra do peso, você nos livra dos sentimentos, você nos livra de tudo. Nos liberta.
Então, Morte, me diga: Por que eu tanto lhe devoto atenção e carinho, compreensão e tato se, na verdade, eu morro de medo de você?

Não sei o que pode me acontecer depois que você cruzar a minha vida. Eu estou começando a entender. Não tenho medo de você, doce Morte... Tenho medo das incertezas que a puta da Vida me proporcionou.

Obrigado, Morte. Pode me levar na hora em que melhor lhe convier.

5 comentários:

  1. Vou te dizer que não achei o texto "supreendente", só que "bom" não foi suficiente.

    Esse é um daqueles temas que me deixa kinda analítica quando tá na minha cabeça. Me dá uma certa agonia pensar sobre o funcionamento ou não-funcionamento da morte, nunca vi algo tão certo causar tanta incerteza. Não sei o que vem primeiro, não sei se um depende do outro, não sei se é um ciclo ou é finito.

    É, no momento, perturbador. Principalmente quando se começa a personificar. Espero um dia achar tranquilizante.

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  2. "Será que eu sou imortal? Já que não morri até agora e tipo, as pessoas ao meu redor são meio que projeções da minha mente e que eu actually sou o centro?"
    Já cansei de me perguntar isso, mas quando eu tento explicar pras pessoas, nunca sei me expressar direito. Já me perguntei também se eu não sou os outros também, só que sem saber disso, sem controle. Anyway, é confuso.

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  3. Eu sempre tive certeza de que a vida era a grande vilã.

    Sou só eu que me sinto desmotivada a comentar em textos porque meu comentário sempre seria pequeno em relação à grandeza do pensamento? Você me faz sentir triste, Math, e

    Bom, não morra com essas coisas todas do Rio, sim?

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  4. Que ela não venha cedo, tenho medo dela quando penso nela.

    Tava vendo seus primeiros post's ahahah, me amarrei. A sua amiga do primeiro comentário.

    Sempre me surpreendo com o que você escreve, mas você parece estar um pooouco triste.

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  5. Na verdade eu sou revoltadíssima com a morte, porque ela só me deixa marcas irreparáveis e me faz pensar besteira todo dia. Mas de certa forma ela me faz ver as pessoas com outros olhos, aproveito mais cada momento.. mas penso muito como você na maioria do que você escreveu. E seu blog não é uma merda, você tem muito talento ;) Não só aqui, seu nerd de física.. ahahahaha :)

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